O Há Filmes na Baixa! apresenta o seu penúltimo ciclo do ano. Em novembro, apresentamos um ciclo sobre filmes portugueses muito recentes, num segundo Panorama Português. Ao longo dos dois dias, serão exibidos três filmes que estiveram em importantes festivais internacionais. A primeira sessão será dedicada a António e Catarina, de Cristina Hanes e a Tudo O Que Imagino, de Leonor Noivo. No segundo dia, exibiremos Dia 32, de André Valentim Almeida, outro filme documental de grande sucesso, que teve a sua estreia internacional no recente Jihlava Film Festival.
No primeiro dia, apresentamos dois filmes que são dois retratos íntimos. António e Catarina teve a sua estreia mundial no Festival de Locarno, vencendo Leopardo de Ouro para Melhor Curta-Metragem Internacional. O filme é um surpreendente encontro entre a realizador e um homem muito mais velho e a relação que estabelecem entre os dois. É retrato fraterno entre duas pessoas muito diferentes. Tudo O Que Imagino é também um retrato, mas de uma nova geração, feito pela realizadora Leonor Noivo no bairro de Alcoitão. Este é um retrato contraditório de uma juventude à procura da sua própria identidade. No segundo dia, André Valentim de Almeida apresenta-nos um filme, Dia 32, em que nos transporta para o seu mundo, através de um ensaio muito pessoal.
Em 2017, continuaremos a propor ciclos de cinema, ao ritmo mensal, proporcionando hipóteses de descoberta de cinematografias menos conhecidas ou de filmes que merecem uma nova visibilidade. Estes ciclos, que terão uma coerência temática, irão prolongar a atividade do Porto/Post/Doc, o festival que decorre no final de novembro.
Ciclo #08: Panorama Português II, novembro 2017
Cinema Passos Manuel, 22:00
7 de novembro
António e Catarina, Cristina Hanes
2017, PRT, 40’
Um homem com 70 anos e uma mulher com 25 estabelecem uma relação cândida e intensa, com um fim à vista. Fechados num quarto, António e Catarina negoceiam os termos dessa relação.
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Tudo O Que Imagino, Leonor Noivo
2017, PRT, 30’
Fim da adolescência, fim da escola, o último verão antes do mundo do trabalho para um grupo de amigos no bairro de Alcoitão, “BDA”. Sem adultos por perto, há a ilusão que se pode fazer o que se quer. André improvisa o rap como improvisa a vida, na procura de um caminho que o deixe mais livre, tenta fugir do que lhe é próximo e do que conhece, mas nunca conseguirá sair de si próprio.
8 de novembro
Dia 32, André Valentim Almeida
2017, PRT, 90’
Confrontado com a possibilidade de um fim, o realizador decide criar uma Arca de imagens -icónicas e banais, públicas e pessoais- dirigida a uma futura Espécie inteligente que sobrevenha à nossa, e dá início a uma exploração de lugares, imagens e ideias.