Em 1979, Martim, um jovem português de 15 anos, faz uma viagem, sozinho, até à União Soviética. Hoje, com 57 anos, recorda essa estadia de um ano e meio. Os pais, militantes do Partido Comunista, achavam que ia para um sítio seguro, uma sociedade que cumpria com todos os seus ideais. Mas, entre a euforia da adolescência e a desilusão da utopia soviética, ficaram as memórias que, até este filme, Martim nunca tinha partilhado. Fá-lo agora para o filho, que tem aproximadamente a idade que ele tinha. O novo filme de Catarina Mourão é um tríptico confessional sobre os segredos que se guardam em família.