Nas últimas duas semanas, vários filmes portugueses têm sido premiados em diferentes festivais. Alguns desses filmes foram já exibidos pelo Porto/Post/Doc em 2016. Este novo conjunto de prémios volta a provar a capacidade do cinema português surpreender fora de portas, em festivais de grande prestígio.

Tarrafal, de Pedro Neves, e Ama-San, de Cláudia Varejão, foram dois filmes premiados recentemente, tendo sido parte da Competição Internacional da edição de 2016. Pedro Neves venceu o Prémio de Melhor Documentário Português na mais recente edição de Filmes do Homem, que decorreu em Melgaço de 1 a 6 de agosto. Cláudia Varejão foi premiada na secção Green Dox do Dokufest, que decorreu em Prizren, no Kosovo, de 4 a 12 de agosto. O filme já venceu vários prémios internacionais, entre os quais o Prémio Teenage durante o Porto/Post/Doc.

Entretanto, Locarno foi também a capital do cinema de 2 a 12 de agosto. Várias produções portuguesas estavam a concurso e todas elas foram premiadas. António e Catarina, de Cristina Hanes, venceu o Pardino d’Oro para melhor curta-metragem na secção Pardi di Domani. O filme desenvolve-se através de vários encontros entre a realizadora e Augusto, um homem sedutor e muito mais velho do que ela. Na competição Cineasti del presente, dedicado a realizadores emergentes, Verão Danado, de Pedro Cabeleira, obteve uma menção especial. É um prémio importante para uma primeira obra fulgurante sobre a vida dos jovens adultos na Lisboa contemporânea.

Outros três filmes de coprodução portuguesa foram também premiados: Milla, de Valerie Massadian (Prémio Especial do Júri na secção Cineasti del presente); e Era Uma Vez Brasilía, de Adirley Queirós (Menção Especial na secção Signs of Life). Os dois filmes são coproduzidos pela Terratreme. E ainda 9 Doigts, de F.J. Ossang (coprodução O Som e a Fúria), que venceu o prémio de melhor realizador do Concorso Internazionale.