No filme anterior a Viola – Rosalinda, de 2010 –, Piñeiro inicia uma série de adaptações das heroínas de Shakespeare. Neste filme, o realizador adapta livremente Noite de Reis e prenuncia aquilo que serão as suas obras seguintes: a observação atenta de um grupo e das interações amorosas entre eles. Em Viola, acompanhamos um conjunto de mulheres que ensaia o dramaturgo inglês, enquanto a vida quotidiana prossegue. Por isso, os textos shakespearianos são misturados com as relações íntimas das actrizes, plenas da fugacidade da paixão. Numa intricada teia de histórias, Piñeiro mostra-nos como o imprevisto e a coincidência, a sedução e a traição, moldam o nosso futuro. Futuro esse que, por isso, nem sempre dominamos. (Daniel Ribas)
EXIBIDO COM
Una Mujer Silenciosa
Matías Piñeiro
2002, Argentina, 21’