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Coincidindo com a trágica partida de Bowie a 10 de janeiro, sem ter sido feito como uma elegia ao seu génio, este documentário fica como um dos testemunhos mais relevantes, neste ano de todas as homenagens. Ele explora o mito de David Jones a Ziggy Stardust através de imagens de arquivo, extratos de concertos, depoimentos de músicos, amigos e colaboradores, versões dos seus temas por artistas recentes, etc. David Bowie aparece neste filme como um fantasma, omnipresente na cultura pop e na arte contemporânea, da moda, à dança, mas acima de tudo na nossa memória coletiva. Partindo desta ideia, os realizadores enquadram as entrevistas feitas a vários colaboradores de Bowie num castelo ensombrado pelo próprio Bowie: os míticos estúdios do castelo de Hérouville nos arredores de Paris, onde compôs e gravou, na década de 70, dois dos seus álbuns. Nos seus jardins e interiores assistimos a errâncias contemporâneas de artistas que apresentam as suas versões de temas de Bowie (Lou Doillon, Alain Chamfort, Chilly Gonzales, Barbara Carlotti, Jeanne Added, Bertrand Belin, Mathieu Saïkaly, Théodore, Paul et Gabriel, Aquaserge, Modooïd…). O filme funciona como um ponto de partida para redescobrir as personagens de Bowie, bem como a sua música, abarcando várias décadas da sua carreira em pouco mais de uma hora, mas com destaque para um momento único, quando Gonzales explica, ao piano, vários aspetos técnicos do tema Life in Mars. (Dario Oliveira)