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A propósito de uma passagem de Glauber Rocha por Cuba, no início dos anos 70, Rocha que Voa explora a relação desse país marxista das Caraíbas no processo de descolonização cultural e emancipação de pensamento que desde meados dos anos 60 se alastrou por toda a América Latina e também por África. O caso do cinema cubano é apresentado como motor de um processo que transformou as condições políticas, sociais e culturais dos espaços explorados pelo capitalismo e que se propôs lutar contra o conformismo do cinema clássico e substituir a linguagem do colonialismo capitalista por uma nova linguagem cinematográfica libertada. E Glauber Rocha é um elemento-chave neste processo, não só pela sua importância no movimento do “cinema novo brasileiro”, enquanto cineasta (de Deus e o Diabo na Terra do Sol e Terra em Transe, entre outros) e teórico (autor do manifesto Estética da Fome, por exemplo). Ritmado pela voz hipnótica do próprio Glauber Rocha, este filme explora as imagens e os sons como atrações que provocam e contagiam o espectador. (Paulo Cunha)