Em 2020, o Porto/Post/Doc inovou e expandiu-se, desta feita para lá das fronteiras físicas, apresentando uma versão online da programação. Além disso, o festival voltou a ocupar as salas do Teatro Municipal do Porto – Rivoli, do Cinema Passos Manuel e do Planetário do Porto, numa edição que ficou pautada pela fusão entre digital e presencial.
No programa dedicado à temática A Cidade do Depois redescobrimos clássicos do cinema e obras contemporâneas que deram o mote à discussão que ocupou os três painéis do Fórum do Real. Pela primeira vez, a secção Cinema Falado tornou-se competitiva, garantindo a atribuição de um prémio para produções de filmes falados em português, num ano particularmente difícil para a indústria cinematográfica. Exploramos a história contemporânea da América através das figuras de David Byrne e de Martin Luther King e redescobrimos pérolas perdidas do cinema português como “O Movimento das Coisas”, de Manuela Serra, ou “A Invenção do Amor”, de António Campos. Reforçamos também ligações a outras cinematografias nacionais, sobretudo, à espanhola.
Paralelamente, descobrimos o cinema contemporâneo através de uma competição internacional que se desdobrou em origens, temáticas e formatos, e de uma competição dedicada aos filmes de estudantes porque, afinal, o futuro não espera.