Desaprender a Sustentabilidade: uma visão mais ampla da produção cinematográfica
O que significa realmente ser sustentável no cinema? Nesta conversa, iremos além dos rótulos e certificações para desafiar os pressupostos comuns sobre a produção cinematográfica sustentável. Juntamente com a diretora do festival de cinema sustentável espanhol Marta Garcia Larriu, uma figura internacional de destaque no cinema verde, e o produtor português Bruno Moraes Cabral, da Wonder Maria Films, que recentemente obteve o certificado Green Film, exploraremos as dimensões mais amplas da sustentabilidade — ambiental, social e cultural — e abriremos espaço para as suas perguntas. Não se trata de respostas fáceis, mas de repensar como as histórias são feitas e o impacto que elas deixam para trás.
Aberto a titulares de acreditação do festival.
Oradores: Marta García Larriu e Bruno Moraes Cabral
Marta García Larriu é fundadora da Another Way, uma associação que promove novas perspetivas e narrativas para um futuro sustentável. Através desta plataforma, informa, educa e sensibiliza para a crise climática e outros desafios alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Lidera o Another Way Film Festival sobre progresso sustentável, além de ciclos de cinema, formação em produção audiovisual verde e projetos de mudança narrativa. Economista de formação, Marta tem mais de quinze anos de experiência como produtora independente (“Madre”, vencedora do Goya e nomeada ao Óscar), tendo trabalhado com realizadores como Costa-Gavras e Gilles Paquet-Brenner. Viveu em NY, Buenos Aires e Panamá, e escreve e intervém sobre cinema e sustentabilidade.
Bruno Moraes Cabral fundou em 2011 a Garden Films, onde produziu e realizou filmes educativos, institucionais e documentários. Produziu, entre outros, o premiado documentário “Praxis", séries Históricas para a RTP, e “Hasta que Muera el Sol” de Claudio Carbone, que circulou em mais de 40 festivais internacionais. Funda em 2020 a Wonder Maria Filmes com Andréia Nunes, Fernanda Polacow e João Nuno Pinto, onde passa a desenvolver também projetos de ficção, com foco especial no Brasil e em África. Produziu “Big Bang Henda”, de Fernanda Polacow, “As Fado Bicha” de Justine Lemahieu, a Série “Porta Premium” de Tota Alves para a RTP, entre outros. A longa-metragem “18 Buracos Para o Paraíso” de João Nuno Pinto é o primeiro projeto português a ser certificado pela Green Film, com estreia no Tallinn Black Nights e no Festival de Mar del Plata em Novembro de 2025.