A partir de meados dos anos 1960 começaram a surgir uma série de filmes de metragem curta assinados por realizadores estrangeiros, falados em francês ou inglês e que tinham forte circulação internacional em festivais, televisões e eventos. Jean-Noel, Pascal-Angot e Jean Leduc eram três dos cineastas mais requisitados. Como explica a investigadora Maria do Carmo Piçarra, estes supostos olhares estrangeiros sobre Portugal eram, na verdade, propaganda encapotada do regime (que financiava indiretamente estes filmes e procurava reproduzir a ideia do colonialismo brando e luso-tropicalista). Le Portugal d’outre mer dans le monde d’aujourd’hui é um filme que defende o slogan do Estado Novo, “Do Minho a Timor somos todos portugueses”.
Evento acreditado para professores e educadores com inscrição prévia. Ficha de inscrição aqui.