Jocelyne Saab começou como repórter para a televisão francesa mas com o início da Guerra do Líbano regressou a Beirute. Ao longo do conflito, realizou uma série de documentários, dos quais se destacam os três que compõem esta sessão. O seu trabalho já foi comparado (pelo retrato das ruínas e pela atenção à infância) aos filmes do pós-Segunda Guerra de Roberto Rossellini. Em Beyrouth, jamais plus a cineasta segue, durante seis meses, a destruição diária da sua cidade, aproveitando as manhãs para vaguear por entre os destroços. Beyrouth, ma ville traduz a inflexão que se dá no seu trabalho a partir de Lettre de Beyrouth, que se torna mais pessoal. Em julho de 1982 o exército israelita sitiou Beirute, quatro anos antes a cineasta viu a sua casa de infância consumir-se em chamas, pelo que, num imenso processo de rememoração, pergunta como tudo começou.