Margot Dias foi, possivelmente, a mais importante antropóloga visual portuguesa do século XX. Além das suas preocupações com a música (era pianista de formação), foi nos estudos etnográficos e na sua documentação audiovisual que se destacou. Primeiro em Portugal, no levantamento musical em Trás-os-Montes, mais tarde no Norte de Moçambique, tendo filmado dezenas de documentários etnográficos com os makonde. Catarina Alves Costa, que a conheceu e com quem privou, devolve as suas imagens aos makonde contemporâneos, redescobrindo assim o olhar de uma cineasta.
Este filme é exibido juntamente com O Home do Lixo de Laura Gonçalves.