“A gravidade é minha inimiga”, ouvimos M.I.A. a cantar logo no início do filme, como que a descrever a sua improvável ascensão. Uma das mais distintas vozes da sua geração, situa-se sempre na vanguarda na forma como se afirma igualmente artista e activista, como é dado a ver neste olhar íntimo sobre a sua vida. Através de um enorme arquivo, que inclui filmagens da própria - esta queria ser realizadora antes de música -, acompanhamos de perto as suas ambições, medos, fragilidades e triunfos. Desde os primeiros passos de dança tímidos até às suas viagens ao Sri Lanka para investigar as suas origens, esta é uma obra fundamental para melhor decifrar a sua mensagem. (João Araújo)