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Hermia e Helena abre com uma dedicatória à actriz Setsuko Hara, num paralelismo entre a sua relação com Ozu e à de Piñeiro com Agustina Muñoz. Se o trabalho do cineasta tem maturado com as actrizes com quem filma sempre, nesta última longa-metragem o plano é de Muñoz. A sua personagem, Camila, chega a Nova Iorque para realizar uma residência onde já Carmen, sua amiga, havia estado. O enredo complexifica-se com o que parece ser uma duplicidade de personalidades aquando da chegada de Camila à que fora a vida de Carmen e todos quanto a preenchiam (como a francesa Danielle, aqui protagonizada por Mati Diop). Entre elipses e flashbacks, passagens de um presente em Nova Iorque e de um passado nunca terminado em Buenos Aires formam a história destas mulheres que se perdem e se encontram na juventude. Nos contornos da vida moderna, entre parques e ruas citadinas, sobram ainda as palavras de Shakespeare escritas no ecrã. (Rita Morais)