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Em Ana, António Reis e Margarida Cordeiro regressam à região de Trás-os-Montes, onde a onírica paisagem, de prados e campos de trigo iluminados, surge como elemento evocativo daquela que também parece personificá-la: Ana, mãe de Cordeiro. É à volta de Ana que todos se movem com familiaridade e é ela quem toca as paisagens com a inevitabilidade da sua iminente partida. Porém, Ana é ainda o centro de um maior ciclo vital, numa poética de liberdade onde o desenrolar das histórias individuais e o passar da vida ela mesma, não se opõem. Trata-se de uma reflexão civilizacional que inclui o sujeito inserido num plano alargado, o da grande passagem do tempo. Um diálogo que se dá entre gerações, mas também com a terra e todos quantos a atravessaram. Ana é marcado por uma linguagem poética e simbólica que revela o eterno, tal como a memória de Ana relembra aquele eclipse de há muito tempo. (Rita Morais)