Há um ano atrás, o Porto/Post/Doc provou que era possível ter, no Porto, um festival de cinema de grande qualidade de programação, com um público interessado e uma reputação internacional. A primeira edição foi um grande sucesso, partilhado com o pulsar cultural da cidade e das suas novas audiências.
Em 2015, seremos ainda melhores. Para isso, programámos uma seleção de filmes que mostrará o melhor do cinema documental contemporâneo do último ano. Pressentimos que essa qualidade é evidente a cada obra que selecionámos: o mundo à nossa volta muda a cada instante, e estes documentários são o sinal dessa mudança, que é tão terrível como admirável. Mais uma vez, a nossa competição será uma marca identitária, com filmes que desafiam as fronteiras pré-definidas entre ficção e documentário. São doze grandes obras.
Mas este ano vamos ainda mais longe, com três focos específicos em três cineastas que transformaram o documentário, mesmo que em épocas diferentes. Entre Lionel Rogosin, Thom Andersen e Chantal Akerman há uma distância de décadas, mas em todos há um evidente empenhamento político: o documentário pode e deve servir para denunciar, mostrar ou preservar o movimento humano do mundo.
Também para pensar o documentário, continuaremos o nosso Fórum do Real, que, durante um dia, discutirá o tema deste ano, “Documentar o Imaginário”, com diversos especialistas e criadores. O Porto/Post/Doc é também aberto às novas tendências do novo século. Por isso, este ano estaremos em modo teenage, com filmes que debatem e pesquisam essa identidade instável mas criativa da idade “entre” a infância e a vida adulta.