É uma viagem louca: partir do Japão a conduzir um carro e dar a volta ao mundo. A partir de fotografias, mas também de diários escritos, Aya Koretzky reconstrói a mítica viagem do pai, que é tanto uma história pessoal de encontros e aventuras, como a história política e social do mundo ocidental dos anos 70. A cineasta interliga estas imagens como filmagens actuais, mostrando a serenidade de um homem que muito viveu. O tom da película (em filme, em fotografia) dá uma certa nostalgia, mais relacionada com a radical experiência de vida deste homem. A curiosidade pelas pequenas coisas, por um olhar sempre surpreso, parece uma metáfora do próprio acto de filmar de Koretzky. Um bonito filme de família. (Daniel Ribas)